quinta-feira, abril 19, 2007

Novo Estadinho

É difícil discutir a exploração do trabalhador em algumas categorias. É o caso dos jornalistas (como é do professor universitário e do comunicador social no geral). São extremamente explorados, ganham menos do que trabalham para, têm jornadas absurdas (em seus três empregos sem fim de semana). Mas num país no qual o salário mínimo é R$300,00, quem ganha R$1.500 -nada menos que o valor calculado pelo Dieese para um salário mínimo constitucional- pensa que é elite.

Além de tudo, ainda tem a formação. Por serem profissionais, na sua maioria, diplomados se valorizam mais e também são levemente mais arrogantes. Aí fica difícil trabalhar aqueles conceitos básicos e relevantes, como por exemplo neoliberalismo. Mas hoje vou poder falar disso.

Esses dias o Estado do Paraná mudou. Menor, mais compacto, menos páginas. Notícias curtas para caberem na diagramação, o famoso falar um pouco sobre tudo e não falar sobre nada. Informação fast food, rápida, superficial e barata (esse último nem sempre) e o melhor: menos papel, menos tinta e menos jornalistas para pagar o salário.


Mais jornalismo, menos blábláblá. Só se for o blábláblá de uma categoria explorada protestando (ou deixando de).