segunda-feira, outubro 30, 2006

Brink's tô viväo ok



nem mori não ok

sábado, outubro 28, 2006

Como pode?

Que não existe "jornalismo livre"a gente já descobriu. Haja vista os donos de jornais serem chamados de "doutor" sem serem nem médicos, nem advogados, nem, muito menos, doutorandos. Mas tudo bem, a gente ainda tem esperanças de que algo possa mudar, e que, na essência, continuaremos pensando a nossos modos até que o jornalismo deixe nossas retinas fatigadas.
Pois bem, eu entendia que a não existência desse "jornalismo livre" para os jornalista atuantes era o fato de não poderem publicar tudo o que queria por restrições de anunciantes ou donos de jornal. Aprendi, porém, que o jornalista acaba por "vestir a camisa". Por osmose, ele assimila as políticas editoriais do jornal a ponto de não pensar mais no que não está por lá e ignorar os reais problemas da sociedade. Mas, também me ensinaram (S2) que podemos tentar evitar isso e vestir apenas um "Bustiê" da empresa, com risco de perder o emprego mas sem ir contra principios éticos. Só não tinha percebido que tem gente que veste a "burca da empresa" e ignora erros cometidos e acredita piamente em algo duvidoso e até falso.

Vocês devem estar se perguntando "por que a manu tá falando tudo isso?"

é assim, alguns devem estar interados, outros só informados: a Carta Capital entrou em uma verdadeira cruzada contra o que ela chama de "a trama que levou ao segundo turno", na qual ela acusa a Globo, a Veja e vários outros meios de comunicação de mentirem e atrapalharem o andamento das eleições presidenciais do primeiro turno. Ela encontra seus principais argumentos no caso das fotos do dossiê e acusa a Globo de ter obtido informações privliegiadas e na ausência de, ao menos, uma nota sobre a queda do avião da Gol na edição da sexta feira antes da eleição.
Sem mais delongas, após uma resposta, em anúncio pagona revista de Mino Carta, de Ali Kamel, diretor de jornalimso da Vênus Platinada apelidado de Ratzinger do Jardim Botânico, uma série de jornalistas assinaram uma carta e a enviaram para diversos meios de comunicação em que reiteravam o que Kamel disse e afirmam ser o jornalismo da Globo isento e honesto e outras historinhas pra boi dormir. Como podem ser tão capachos?

Pra quem assina o COmunique-se (se não assinaram, façam isso urgente!) o link é esse

Pra quem não assina aqui vai uma versão editada desse "Manifesto Globista" (grifos meus):

Com revolta, perplexidade e pesar, nós, jornalistas da Rede Globo, nos vemos no dever de denunciar a insistente tentativa de atingir nossa honra e nossa correção profissional por alguns supostos colegas nestes dias que antecedem o encerramento das eleições 2006.
A despeito da descrição minuciosa já divulgada pela emissora do nosso esforço para apurar com precisão as primeiras informações sobre o acidente aéreo de 29 de setembro na Amazônia, o fato de não termos conseguido obter dados fundamentais para a publicação da notícia ainda naquela edição do Jornal Nacional, mas, sim, poucos minutos depois, acabou sendo utilizado para atacar nossa idoneidade com uma impostura covarde: a acusação caluniosa de que teríamos sonegado a informação sobre o acidente, no Jornal Nacional, com motivação política.
Em nome de nossa honra, queremos registrar publicamente o repúdio aos caluniadores – sejam eles movidos por paixões partidárias ou por outras razões que desconhecemos.(...) Nosso esforço, em nossas carreiras profissionais, na Globo e em outras empresas por que já passamos, é o mesmo de todos os que amam o jornalismo responsável: divulgar, antes dos concorrentes, a notícia que apuramos. Foram angustiantes aqueles momentos em que tentávamos, de todas as maneiras, divulgar a notícia a contento antes do “Boa Noite” do JN. É um daqueles momentos dramáticos que só quem trabalha em redação vivencia. (...) É o preço de se fazer um jornalismo responsável.O que não toleramos é que, no caso dos profissionais da Rede Globo, a nossa postura correta de cautela e busca da precisão seja transformada numa mentira covarde e desonesta de um certo grupo de detratores. Estes, sim, traidores de um compromisso ético do jornalismo – porque nos acusam sem o menor pudor, sem conhecimento nenhum de nossos procedimentos.
Em nome de nossa honra, nós, jornalistas da Rede Globo, registramos publicamente nosso repúdio às calúnias que têm sido feitas contra nosso trabalho na cobertura das eleições 2006 (ahn? não era sobre a gol?? cadê as respostas quanto a isso?) . Somos jornalistas compromissados com a nossa profissão. Confiamos cada um no trabalho do colega ao lado. Jamais tomaríamos parte de complôs de natureza partidária, ou de qualquer outra, que, na verdade, têm vida apenas na cabeça daqueles que, dominados pela paixão política, não se envergonham de caluniar profissionais honestos. Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Campo Grande, Cuiabá, Belém e Manaus, 27 de outubro de 2006


ce ça, mes amies.

terça-feira, outubro 24, 2006

Assunto de macho

Há um tempo atrás, das nossas divertidíssimas aulas de história surgiu uma comunidade, a “Ditadura Já”. A descrição é engraçada naquele típico humor desse blog, mas de vez em quando um maluco me ameaça de morte no scrapbook e me chama de conservadora. Um deles, outro dia, veio me dizer que ficou feliz quando percebeu que era uma brincadeira e existem pessoas conscientes no mundo, mas que eu tomasse cuidado, pois o mundo virtual não é muito sensível para esses joguinhos.
Claro que eu não escrevi tudo isso apenas para dizer como sou de esquerda e descolada. Na verdade eu queria introduzir a palavra que rege nossa amizade: ironia

Tanto é verdade que criamos um blog com esse nome. Um nome que, para existir, pressupõe uma distinção entre assuntos “machos” e outros “eunucos”¹. Seis meninas conversando assunto de homem, a tênue linha entre ironia e realidade.
Não sei até onde existe uma reflexão sobre isso, ou se falei coisas sem sentido. Só acho que é nosso mecanismo de defesa. Qual o problema em se indispor com as regras da sociedade quando esse já é o pressuposto.

Que porra é essa?


¹talvez eu esteja lendo Bourdieu demais.

segunda-feira, outubro 23, 2006

"democrarizar pra revolucionar"

Entre 16 e 21 de outubro, foi promovida a Semana Nacional pela Democratização da Comunicação. É uma iniciativa de vários movimentos sociais preocupados em levar a discussão do acesso à comunicação aos demais setores da sociedade e ao próprio meio midiático, que pouco discute o que faz.

Estudamos jornalismo e como gostamos um pouco dessa coisa de comunicar, acho que é válido colocar aqui um show de matéria. É uma abordagem legal de algo que vivemos dizendo e defendendo por aí, com a prerrogativa de que o cara tem o status suficiente para barrar qualquer possível olhar de morte.

(mimimimi)


Se achar grande demais, vai fazer RP. Ok?


O grande partido da direita

por José Arbex Jr.

A imprensa é o mais sério e conseqüente partido da burguesia. Se a genial constatação feita por Antonio Gramsci tem validade universal, no Brasil ela assume contornos bem mais dramáticos e radicais, por uma razão muito simples nada há, no país, que limite a capacidade de ação dos donos da mídia. Basta o seguinte exemplo para demonstrá-lo, por efeito de contraste. Nos Estados Unidos, país sede do capitalismo, é proibida a propriedade cruzada dos meios de comunicação. Isso significa que um mesmo empresário ou grupo não pode exercer, simultaneamente, em dada região, o controle de mais de um veículo. Em outros termos se um sujeito é dono da emissora de televisão, não pode, ao mesmo tempo, possuir outra de rádio e nem um jornal impresso naquele local. Imagine o que aconteceria se alguém propusesse lei semelhante no Brasil. Seria imediatamente tachado de “ditador”, “censor”, “comunista”. No Brasil, os coronéis da mídia imperam, e não toleram qualquer freio, qualquer restrição ao seu poder de mando – exatamente, e não por acaso, como os proprietários do latifúndio.

O sistema de concessão do uso das ondas é simplesmente ridículo. Cada emissora pode explorar determinada freqüência por quinze anos, prazo automaticamente renovado, a menos que uma maioria absoluta (dois terços do Congresso Nacional) resolva cassar a permissão. Ora, não é necessário ser um gênio para saber que é praticamente impossível reunir um número tão grande de congressistas dispostos a desafiar o poder das emissoras, até porque um bom número deles é associado, direta ou indiretamente, às corporações da mídia. Valem, enfim, para a política de concessões as mesmas relações de trocas, favores, clientelismo e corrupção aplicados aos jogos políticos tradicionalmente praticados pelas elites em todos os setores da vida. Também vale a regra de repressão aos que desafiam o esquema a Polícia Federal é extremamente eficiente quando se trata de fechar as rádios comunitárias, a duras penas montadas por gente decente e honesta que vive nas periferias da economia.

Nada há de realmente estranho nisso, dada a estrutura de casa-grande e senzala que ainda caracteriza a formação social do país. Desde sempre na história brasileira, o jornalismo impresso destina-se aos pouquíssimos cidadãos capazes de ler um jornal e dele extrair algum sentido (no total, as vendas de jornais diários e revistas semanais mal atingem os 7 milhões de exemplares, para uma população de 180 milhões). As emissoras de televisão, principal meio de informação e entretenimento de uma população sem acesso a uma educação minimamente decente, manipulam com total desenvoltura o imaginário nacional. A Rede Globo, corporação emblemática da mídia brasileira, o veículo que mais completamente realizou a vocação do jornalismo desejado pelos patrões, foi criada mediante um acordo do empresário Roberto Marinho com a ditadura militar, em 1965, para ser o porta-voz oficioso do regime. As imagens da Globo construíram um Brasil imaginário que, por meio das antenas da Embratel, sedimentou, de norte a sul, uma certa forma de perceber o país. O Brasil passou a se enxergar por meio do espelho forjado por Roberto Marinho.

Garrastazu Médici, a pior face da ditadura, costumava dizer que ficava feliz ao assistir ao Jornal Nacional da Globo, pois, se no mundo inteiro havia “confusão” e “subversão”, no noticiário referente ao Brasil reinava a paz (faltou completar a dos cemitérios). Em 1970, enquanto os cárceres de Médici estavam abarrotados de presos políticos submetidos a torturas e assassinatos, a Globo transmitia grande festa do tricampeonato para todo o país, embalada pelo hino “90 milhões em ação”. Em outras inúmeras ocasiões posteriores, a Globo lançou mão de seu tremendo poder para interferir nos rumos da vida política nacional, como na famosa edição do debate entre os então candidatos à presidência do Brasil, Lula e Collor, em 1989, ou três anos depois, na produção da minissérie Anos Rebeldes, que estimulou o movimento dos cara-pintadas, pela deposição do mesmo Collor.

Não que a Globo seja pior ou mais maldosa do que os outros veículos patronais. Ela só é mais poderosa e competente. Os últimos meses oferecem caudalosos exemplos do antijornalismo praticado por todos os grandes meios de comunicação, com a suposta “cobertura” do escândalo do mensalão. Não houve uma cobertura propriamente dita, mas sim uma campanha sistemática de desmoralização da esquerda brasileira. Em total desobediência ao que dizem os seus próprios manuais de redação, os maiores jornais e revistas do país passaram a reverberar em manchetes quaisquer denúncias, mesmo sem provas, contra o governo Lula e o PT, feitas por qualquer um, mesmo por políticos de passado tão pouco recomendável, como o ex-deputado Roberto Jefferson. Não se trata, obviamente, de defender Lula e o PT, mas sim de constatar o óbvio. A mídia patronal orientou os trabalhos das comissões parlamentares formadas para investigar os supostos esquemas, “blindou” o próprio Lula e os ministros da área econômica, minimizou o impacto do envolvimento tucano (o “caso Azeredo”), tornou-se, em resumo, parte ativa do processo que deveria noticiar com isenção e objetividade.

Abundam quase ao infinito os exemplos diários de partidarismo, de total adesão da mídia patronal à ideologia neoliberal e ao que existe de mais podre, reacionário e atrasado no mundo do uso de certos termos meticulosamente escolhidos para desqualificar os inimigos (como “invasão” de terra promovida pela MST, ou o “terrorismo” praticado por resistentes no Iraque e na Palestina) à cumplicidade criminosa para com os aliados (enquanto Osama bin Laden é sempre caracterizado como fundamentalista terrorista islâmico, George Bush jamais é descrito como fundamentalista terrorista protestante, ou nem sequer como mentiroso, corrupto e fraudador de urnas). Racismo, preconceito, individualismo, cinismo o mundo diariamente construído e vendido pelos patrões é um festival permanente de horrores, projetado por profissionais em geral competentes que, em troca de trinta moedas ou por convicção ideológica – não importam os motivos –, usam rótulos e dados estatísticos para tornar o ser humano invisível.

Felizmente, a mídia dos patrões pode muito, mas não pode tudo. A Venezuela de Hugo Chávez oferece um magnífico exemplo disso. No dia 11 de abril de 2002, toda a mídia venezuelana – absolutamente toda, sem exceção – informava que Chávez havia renunciado. Menos de 72 horas depois, apesar de toda a desinformação, de todas as mentiras, de todas as fábulas e orquestrações midiáticas, o presidente voltava triunfante, saudado por uma multidão de mais de 1 milhão de pessoas concentradas nas principais vias de Caracas. O “segredo” está no fato de que o povo venezuelano estava organizado pela base, e assim pôde resistir. O caminho está apontado. Resta seguir.

José Arbex Jr. é jornalista, autor de Showrnalismo e O Jornalismo Canalha, Editora Casa Amarela.

Fonte: Caros Amigos


Arbex eternum nu S2 dos machos.

revelação

A Flávia, quando o nível alcoólico daquela festa já estava bem avantajado, teve uma revelação e descobriu o quê a Rita Lee viu bem antes:

"É a nossa música, porra. O tema dos machos eunucos"

Então tá.

Pagu

Composição: Rita Lee e Zélia Duncan

Mexo e remexo na inquisição
Só quem já morreu na fogueira sabe o que que é ser carvão
Eu sou pau pra toda obra
Deus dá asas à minha cobra
Minha força não é bruta
Não sou freira, nem sou puta

Porque nem
Toda feiticeira é corcunda
Nem
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito homem

Sou rainha do meu tanque
Sou Pagu indignada no palanque
Fama de porra louca...tudo bem
Minha mãe é Maria ninguém

Não sou atriz
Modelo ou dançarina
Meu buraco é mais em cima

Porque nem
Toda feiticeira é corcunda
Nem
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito homem


Nai em um momento deveras eunuco só pra ilustrar a obviedade da associação.

sexta-feira, outubro 20, 2006

Mulheres à beira de um ataque de nervos

Já que eu sou a única aqui que não se envolve com Cacos, Cacos de Papel, Organização de Festas e o caralho aquático, sinto-me na obrigação de manter essa nossa idéia tão legal viva.

Este singelo blog conta com a participação de seis belas moças. Mulheres são visitadas pelo Chico (não aquele nossa amigo, que a gente gosta) uma vez por mês, a não ser que engravidem, e não queremos isso agora, não é mesmo, minha gente?
Pois é, até aí tudo bem, normal, apenas necessidades fisiológicas(!).
Agora, momentum para reflequissão machoseunucos:
Um mês tem quatro semanas.
Seis meninas.
Seis TPMs.
Cada semana uma, e em duas delas, formamos uma dupla de TPM. Isso não é lindo?
Não, não é.
É um horrô, menina.

Eu fico nervosa, a Julia fica chorona, a Manu já mia normalmente, a Iasa também fica chorona, a Naiady some e a Thaíse também fica nervosa.

Exemplo prático:
- Julia, você demorou pra descer, porra.
- Mas, Chico...É que mimimimimimimimimimimi - diz Julia, com a voz fininha.
- Tá, mas não faça mais isso!
- AI, CHICO, EU TRATO TODO MUNDO BEM, VOCÊS NÃO TÊM O DIREITO DE ME TRATAR ASSIM, POR QUÊ ISSO AGORA?!@?!?!!?!?!?!?!!?!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Acho que se algum dia Almodóvar nos conhecer, vai super nos amar.

sábado, outubro 07, 2006

Tchutchutchupááá

Após o comentadíssimo vídeo de Daniela Cicarelli furunfando (Chatô!!!!!!) numa praia espanhola, chegou a vez do nosso querido Ronaldão tocar o horror.

Viva o bom humor.