sexta-feira, dezembro 29, 2006

socializando descobertas.

Para quem, assim como eu, tem muito tempo útil nessas férias de verão.
Entre uma bola de sorvete de creme e outra de flocos, dêem uma espiada no que eu descobri.



Juro que se alguém bancar a jornalistinha comigo e tentar me furar, eu dou uma de editor repressor.
(Cuidado com a preposição. Eu disse de, não para.)



Saudades, homens da minha vida.

domingo, dezembro 24, 2006

Um pouco de futilidade escancarada


Meu cabelo está ondulando. Essa é uma transformação comum na minha família. As mulheres que compartilham desses genes costumam mudar de cabelo uma ou duas vezes na vida.
O problema (él hay, juro), reside no fato de que eu não sei como tratá-lo. Todas as minhas técnicas de doma são aplicáveis apenas para cabelos lisos (ou quase lisos) e com o objetivo especifico de torná-los mais lisos.
Por esses dias de férias solitárias andei empreendendo novas técnicas com o objetivo de que fiquem o mais natural possível e não simulem mais um escorrido. Entretanto, meus novos empreendimentos terminam sempre no erro que, segundo as veteranas dos cachos que me orientaram, é a regra número 1:

- Não se penteiam cabelos ondulados quando secos, Thaíse!

Não dá, não resisto. É relaxante di-más.

Vaidade, como fas?

quarta-feira, dezembro 13, 2006

também sentirei muitas, muitas saudades, mas

precisei vir aqui contar esse causo que acabou de me acontecer.

Eis que minha mãe resolve limpar a caixa d'água e trocar as cortinas da casa, né. Pra isso, contrata um cara do tipo faz-tudo. Enquanto o cara trabalha na cortina, quieto, na dele, eu desço correndo a escada e digo pra mãe que ela precisa buscar meu sobrinho no médico, e logo, porque vou sair com o carro dali a pouco. OK, ela vai e eu me dirijo à geladeira em busca de alguma coisinha boa pra beliscar antes de sair.

E aí entra o cara da cortina:
- Desculpa, moça, mas você tem quantos anos?
- Dezoito. Por quê?
- Ah, nada não. Achei que você já tivesse fazendo faculdade...
- Mas eu estou fazendo faculdade.
- E por acaso seria advocacia?
- Não, por quê?
- Porque você tem uma voz autoritária. Até o jeito de falar autoritário, sabe, parece que quando você abre a boca pra falar você já sabe que vai falar uma coisa... exata.
- Ah... autoritária?
- É.
- Não, não (levanta e tira o potinho de flan da mesa). Eu faço Jornalismo.
- Ah, mas é irmão.
- (pára) Irmão?
- É, irmão da advocacia. Vive atrás da verdade. Abre a boca e fala tudo que é verdade, aliás que acha que é verdade né, como se fosse o dono da verdade, como se fosse a única pessoa a saber de tudo. Tudo autoritário, exato. Profissão autoritária também. Combina com a tua voz então, viu? Meio autoritário, metido, sabe-tudo.
- (cara de besta) . . .

sábado, dezembro 09, 2006

Sob o risco de soar bem emuxinha e cafona.

amo.vcs.suas.lindas.

Até daqui três meses. As que têm computador por favor tentem atualizar que eu vou entrar no nosso espacinho pra ver o que anda acontecendo no (nosso) mundo.

sábado, dezembro 02, 2006

Mais sobre profissão-jornalista

Algumas meninas pediram, outras me permitiram: ta aí o texto opinativo que escrevi para a matéria da Mônica. Eu acho que ele é meio confuso e desconexo no final... e ele não tem um título.

As reportagens sempre contêm um tom mais pesado; são relatos “mais humanizados”, trazem assuntos para o leitor refletir de maneira mais demorada. Ao escrevê-las, o jornalista parece sentir-se mais livre para deixar transparecer o que pensa. Essa é uma impressão que, imagino eu, tem muito a ver com esse jeito mais flexível (narração, descrição, opinião) de ser da reportagem.

Já as matérias diárias de um jornal têm quase sempre o ar de breves histórias pouco contextualizadas, que acabam assim que é dado o ponto final. Não há uma continuidade no assunto e nem muito sobre o que refletir; matérias são o fato pelo fato. Mas, será que é assim mesmo?

É estranho pensar que os jornalistas não emitem opiniões no que fazem no dia-a-dia, e, quando vão escrever reportagens, transformam-se em profissionais perspicazes, politizados e opinativos. Não funciona assim. Também não dá para engolir aquela velha história de que, pelo pouco tempo que tem, o profissional do jornalismo não pára e reflete quando escreve as matérias diárias. Também não funciona desse modo. O jornalista tem prática no que faz e, na maioria das vezes, já tem o seu juízo pronto na hora que entrevista suas fontes. O que acontece é que o que se escreve nas redações todos os dias tem sempre marcas opinativas pouco perceptíveis.

Afinal, já dizem alguns teóricos do jornalismo: “não há imparcialidade”. É praticamente impossível escrever uma frase que não contenha traços de uma opinião. Há casos em que eles são tímidos e escondem-se por trás dos verbos dicendi. Outras vezes, eles se mostram descarados na forma de adjetivos e advérbios. A tal da imparcialidade é um valor que surgiu no início do jornalismo, lá na época do positivismo, e que, até hoje, é venerada pelos donos de jornais e pelos jornalistas. Mesmo sabendo que ela não existe, continuam a procurá-la. Isso seria ótimo, por que é sempre bom tentar alcançar algo que é ideal, não fosse o fato de que, além de venerá-la, os jornalistas e donos de jornais acreditam verdadeiramente em sua existência, e crêem com veemência que a praticam.

É muito comum ver por aí jornais, canais de TV e estações de rádio que se orgulham da imparcialidade presente em suas notícias. Também é usual que veículos sejam batizados de “O Imparcial”. Mesmo assim, lendo o que neles há escrito, rapidamente depara-se com notícias que demonstram apreço por certo político ou que cutucam o ego de outro, ou mesmo que divulgam os interesses de algum de seus anunciantes.

Assim termino por dizer que essa distinção entre reportagem e matéria diária é muito mais tênue do que parece: ela não reside na presença ou não de elementos de opinião e nem na facilidade de encontrá-los. A diferença encontra-se muito mais no valor mercadológico dado às matérias; elas são produtos a venda nos jornais e revistas que estão a disposição de consumidores com poder de compra e interesse em “manterem-se informados” sem muita necessidade de aprofundamento. A reportagem – um gênero em extinção no Brasil – é muito mais densa e complicada e não pode (e nem deve) ser lida as pressas na correria do nosso “mundo moderno”. Reportagem deve ser sinônimo de reflexão e memória.

And that’s all folks...